sábado, 29 de agosto de 2009

A solidão
Roubou-me
Fiquei pobre no vazio
A gente que outrora me amava
Agora me despreza

Não sei o que fiz de mal
Talvez nada
Mas agora
Ocupo-me a assassinar a mente
Com os remorsos incrédulos
De um inocente

As facadas em vão
Não servem de anestesia
Para a pura da verdade
Porque afinal ainda não há a cura


de:c

terça-feira, 16 de junho de 2009



Miúdas vagueiam pelas ruas
Fumando um cigarro breve.
Deitam fumo e fumam mais um pouco.
Beatas percorrem o chão da calçada,
Expandem a raiva num entendido cigarro.

Saem pela rua com o cigarro na boca,
Acendem a brasa novamente.
Saciando - os,
Um e mais outros.

Ajeitam a cigarreira para mais um ,
parecendo máquina .

de:c

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Ao poeta



Parágrafos sem limites de escrita,
Escritos por uma caneta de tinta estranha,
Três resmas de folhas
Com palavras que pareciam dançar,
Unicamente palavras de poesia ditosa,
Palavras melancólicas escritas pela ordem do sentido,
Tinta estranha deslizava por a folha como o poeta escreve a quadra.


de:c

domingo, 19 de abril de 2009

O sangue maligno ,
do teu pulso
sente o HIV em acção.

O teu choro percorre o teu corpo,
e ficas inunda em cloreto de sódio e H2O .

Viagem a vapor
porque a bomba-relógio pode rebentar,
a breve e pouca palvra que te sai da boca,
só diz uma incrédula palavra pornunciada por choros secos.
A pouca saliva que agora te resta
impede-te de falares .

sábado, 14 de março de 2009

Esta rua transborda
de loucura.
A pátria enlouqueceu,
o céu perdoa-a sobre o seu manto azul.
O sentimento já preside nestes tempos.
o cruel amigo que te manda matar
morreu e hoje és tu.
Enlouqueceste.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009



O eclipse dos teus olhos
trespassa-me a alma
como lâminas,
e fere-me os olhos.
Que cegam perante o teu olhar ébrio.

sábado, 24 de janeiro de 2009

Estás preocupado com a morte,
aquele poço mortífero
Que te transporta desta vida.
Morreste por aquela arma,
que mata e mata.

Não dás alternativa àquela pessoa
que chora.
Estás aí no limiar,
abençoado e contemplado.
Estás aí à espera que a demência
te ataque.

O caminho


Vou atravessar este caminho,
tão irritante material inútil
Que é tão difícil chegar ao fim.
Por muito que tu desejes
nunca conseguirás.

sábado, 3 de janeiro de 2009

Estou sombrio
Na tua dor
Porque ela é demente,
Demente de dor.
Uma jovem está sentada
E vê pessoas a passar.
Pensa no seu destino sem norte.
Está a ser ocupada por um ser estranho.
Ela não o vê, está na sua consciência,
ela não o percebe.


Pára cupido,

Pára de me bater.

Ajuda-me a ultrapassar o assunto

Pára de me perseguir com essa bengala que bate

Pára de me bater com essa bengala

Que dói e me faz pensar.


Pára de me pôr no abismo,

No abismo da morte,

Aquele em que vale tudo

E que quando se dá um passo em falso, cais.